O cinema para o casal, no começo do relacionamento, é
essencial. É feito de etapas, e a nossa não foi diferente.
No começo, o cinema é o melhor programa pra se fazer. A
ocasião certa para os primeiros encontros. O único problema é que não sabemos
contar como foi o filme após a sessão.
Depois vem a fase que conseguimos medir a qualidade do
filme. Nos momentos fortes estamos vidrados na tela, enquanto meu braço está a
envolvendo e a sua cabeça repousa no meu ombro. No momento ruim, rola aquele
beijo lento, suave e romântico.
Depois, infelizmente, vem a fase do beijinho antes do filme
começar. Durante o filme, no máximo um selinho. O que vale mesmo à pena é o
momento junto, abraçados, quentinhos e um bom filme pra contar depois.
O problema é que eu cheguei na fase em que o cinema é sinal
desespero, de tortura. Cinema sem você não faz sentido.
Olhar ao lado e não ter ninguém pra repousar o braço é
tragédia.
Cinema sozinho é pedir para dormir. É desestimulante para um
apaixonado.
É passar frio. É passar por cima da vontade tentadora e não
comprar pipoca.
É acordar no fim do filme e chorar vendo os créditos.
É fazer de tudo para que nenhuma atitude marque a sessão,
para que ela passe em branco como todos os dias sem você.
É fazer com que você traga o verdadeiro significado pra mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário