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28.5.13

#26 - Quase uma crônica cinematográfica



O cinema para o casal, no começo do relacionamento, é essencial. É feito de etapas, e a nossa não foi diferente.

No começo, o cinema é o melhor programa pra se fazer. A ocasião certa para os primeiros encontros. O único problema é que não sabemos contar como foi o filme após a sessão.

Depois vem a fase que conseguimos medir a qualidade do filme. Nos momentos fortes estamos vidrados na tela, enquanto meu braço está a envolvendo e a sua cabeça repousa no meu ombro. No momento ruim, rola aquele beijo lento, suave e romântico.

Depois, infelizmente, vem a fase do beijinho antes do filme começar. Durante o filme, no máximo um selinho. O que vale mesmo à pena é o momento junto, abraçados, quentinhos e um bom filme pra contar depois.

O problema é que eu cheguei na fase em que o cinema é sinal desespero, de tortura. Cinema sem você não faz sentido.

Olhar ao lado e não ter ninguém pra repousar o braço é tragédia.

Cinema sozinho é pedir para dormir. É desestimulante para um apaixonado.

É passar frio. É passar por cima da vontade tentadora e não comprar pipoca.

É acordar no fim do filme e chorar vendo os créditos.

É fazer de tudo para que nenhuma atitude marque a sessão, para que ela passe em branco como todos os dias sem você.


É fazer com que você traga o verdadeiro significado pra mim.

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