Foto de Murilo Cambuzano |
Quando você partiu eu pensei em fazer loucuras, mas fiquei impotente.
Não tinha força pra nada, enquanto essa distância se transformava em feridas
que se alastravam aos poucos.
Sentir você longe machuca tanto que por alguns momentos pensei
em contrariar os desejos e abraçar de vez a solidão. Desistir. Deixar a
covardia tomar conta de tudo.
Enquanto a ausência preenche esse presente, o passado me dá
forças. Vivo de lembranças o tempo que for preciso. Já pensei em jogar
tudo fora: nossas cartas, fotos, desenhos. Não passou de pensamentos tolos. A
covardia não resolve, e essas lembranças me dão forças pra te esperar. Cada
detalhe que você deixou em mim é sinônimo de vida e alegria.
Coloco a ansiedade no bolso e aguento. Não enxergo vida sem
você ao lado. Não enxergo nenhuma estrada, nenhum caminho. Ando sobre um muro
de espinhos, entre a vida e a morte, entre a alegria e a solidão, entre a prova
de amor e suicídio que é a sua ausência em mim.
Abro mão de tudo que for preciso para esboçar o futuro ao
seu lado. Descobri que dentro desse existe a maior felicidade da minha vida. Descobri
que esse futuro é o único caminho para o meu amanhã. Eu te espero o tempo que
for preciso e, juntos, vamos realizar todos nossos sonhos. Nada e nem ninguém nos poderá impedir disso.
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